A vida que merecemos

sábado, 26 de outubro de 2013

A verdade vos libertará

       Acabei de assistir "Gravidade". Um excelente filme; na verdade é mais que isso, é uma metáfora intensa sobre renascimento e recomeço. Fui esperando uma ficção científica blockbuster e fui surpreendido ao prender a respiração por longos segundos, padecendo das agonias da personagem principal e, paradoxalmente, ficar entregue à profundas reflexões sobre a condição humana.
       Não estragarei o filme aos que não assistiram, por isso me limitarei às reflexões que ele me inspirou.
       Em diversos momentos da vida ficamos presos ao passado ou aos efeitos do mesmo sobre nossa personalidade. Não deixamos o "casulo", responsável por emoções, comportamentos e vícios, para trás. 
       Explico. Nada em nossa personalidade surge "do nada"; algum evento passado, pessoa ou situação, exerceu uma significativa influência para que nos tornássemos quem somos. Nem sempre causas boas geram consequências positivas, o contrário também é verdadeiro. Alguém que tenha cuidado bem de nós na infância pode ter gerado uma vontade inconsciente de continuar a ser bem cuidado, o que resultaria em carência e dependência, por exemplo.
       Uma pessoa que foi extremamente elogiada por sua inteligência na infância pode se tornar um adulto acomodado, pois desenvolveu um compreensível medo de falhar, visto que cresceu ouvindo elogios quanto à sua capacidade intelectual. Um indivíduo mal tratado quando criança pode se tornar um adulto com uma noção extrema de justiça e uma intensa vontade de não deixar que o mesmo ocorra com seus filhos.
       Os exemplos são infinitos. As questões são: o que fez com que você seja quem é? Você quer continuar a ser assim? O que gostaria de mudar? Como mudar?
       São questões complexas. Não existem respostas fáceis. Devemos, primeiramente, identificar o problema, isolar uma característica pessoal específica; tentar encontrar a fonte (por que somos assim?) e entender o que nos moldou.
       A palavra mágica é ENTENDER. É incrível o poder que o entendimento nos dá. Quando você entender as causas que lhe levaram a ser quem é, enxergará a verdade e, como diria "O Livro", "a verdade vos libertará".

Um comentário:

  1. Engraçado perceber que a maiores decições e as mais importantes atos que motivam o ser humano são tao indiferentes av vida do mesmo,na verdade a indiferença do mundo,universo,e de outras pessoas,terceiros,figurantes é que nos fazem avaliar a vida,a nossa vida.Como bem colocado no filme,sobreviver é adptar-se as circunstancias,porem só você mesmo pode escontrar as suas motivações para viver em plenitude.Viver globalmente,como um grande abraço para com o mundo,é impossivel?Essa talvez seja o grande questionamento filosofico que passamos.Agora sobre o filme,o que faz a personagem de sandra bullock persistir em uma vida vazia?Descobrir que a existenciaa por si só não é um buraco negro?E se pensarmos bem,a historia sao de duas pessoas que buscam o isolamento,são pessoas que já estão alem de um nivel estetico e social para com a vida,GEorge Cloney no filme é um ser espiritualizado?

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