A vida que merecemos

domingo, 8 de junho de 2014

COMO PENSAR MELHOR UTILIZANDO A FILOSOFIA: PARTE II - DESCOMPLIQUE!

           


 Um problema complexo, em muitos casos, nada mais é do que um punhado de problemas mais simples. Qual seria a receita para solucionar nossas grandes dificuldades? 

Dividir o problemas em suas partes constituintes.

       A análise cartesiana diz exatamente isso, que devemos dividir as dificuldades encontradas em tantas partes quantas forem necessárias para que possamos solucioná-las. 
       Parece o cúmulo da obviedade. Mas pense bem. É o que fazemos? Quantas vezes insistimos em encarar certo problema e nos exasperamos devido à imensa dificuldade?
       Peguemos algo banal. Arrumar um cômodo tomado por meses de desorganização. Normalmente separamos um dia para dar conta da tarefa. Começamos dispostos e acabamos exaustos. Algumas vezes conseguimos dar conta de tudo, outras deixamos as coisas "melhor do que estavam". Mesmo que consigamos arrumar tudo, o preço que pagamos - um dia inteiro investido, cansaço, estresse - é alto demais! Que tal aplicar a análise cartesiana neste problema? Imagine "zonas" para o cômodo e dedique um dia para cada zona. Repare que quanto mais zonas existirem, menos trabalho você terá, embora a arrumação demore mais. 
           Em certa medida podemos aplicar a análise em nossos relacionamentos. Raramente uma grande discussão surge sem dar aviso prévio. A grande maioria é fruto do acúmulo de pequenas desavenças e implicâncias. Deixamos acumular pequenos atos que irritam. Não falamos nada porque achamos ser exagero, ou algo sem importância. Em algum momento a quantidade de "eventos insignificantes" crescerá e o que era simples passa a ser algo complexo. Basta reparar nas discussões em que ao final não se sabe o que originou a briga, mas várias pequenas coisas foram lembradas e ditas um ao outro. Por isso as pequenas coisas devem ser conversadas. Sem exageros, problemas simples devem ser tratados com simplicidade. Sem complicações.
           A vida é simples - de verdade - nós é que a complicamos. Portanto, DESCOMPLIQUE-SE!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

COMO PENSAR MELHOR UTILIZANDO A FILOSOFIA: PARTE I - SEJA CLARO!

        Apaixonei-me pela filosofia por interesse. Podem jogar pedras. Não sou um "amante do saber", ao menos não no sentido desinteressado em que supõem que devemos amar o conhecimento.
        Ao entrar em contato com meus primeiros conceitos filosóficos, ainda na adolescência, percebi que muitos deles poderiam ser úteis. Lembro-me de ler sobre René Descartes e seu Método Cartesiano e de como isso me ajudou. O que falarei aqui não será uma análise filosófica acerca de conceitos que fazem sentido para "poucos escolhidos" e sim uma interpretação de como tais conceitos podem ter um impacto gigantesco em sua vida prática.

COMO PENSAR MELHOR UTILIZANDO A FILOSOFIA

PARTE I - A EVIDÊNCIA CARTESIANA

        Descartes sugere, na primeira etapa de seu método, a evidência, que se aceite como verdade apenas aquilo que se mostre claro, evidente. Pode parecer simples, mas estamos longe de fazer isso em nosso cotidiano.
        Imagine a última discussão em que esteve envolvido. Imaginou? Reparou que, provavelmente, boa parte dos argumentos utilizados estavam longe de ser "claros"? Ideias parciais, crenças, teimosia, orgulho... Vários são os fatores que prejudicam nosso entendimento de algo.
        Experimente o seguinte exercício reflexivo: desconsidere absolutamente qualquer ideia que você não tenha a mais absoluta certeza. Desconstrua suas verdades, seus "achismos", suas opiniões. Faça de conta que é outra pessoa, com ideias diferentes, e desconstrua as verdades dessa nova pessoa.
       Quando sentir que chegou ao fim, àquela certeza absoluta, que pode ser comprovada, comece o processo de construção. Imagine! Qualquer argumento construído a partir de tal verdade será obrigatoriamente verdadeiro!
        E caso não consiga chegar a uma verdade tão absoluta assim, não há problema, o simples fato de ter refletido sobre como você pensa fará com que suas ideias fiquem mais claras e suas discussões mais produtivas.