Não estragarei o filme aos que não assistiram, por isso me limitarei às reflexões que ele me inspirou.
Em diversos momentos da vida ficamos presos ao passado ou aos efeitos do mesmo sobre nossa personalidade. Não deixamos o "casulo", responsável por emoções, comportamentos e vícios, para trás.
Explico. Nada em nossa personalidade surge "do nada"; algum evento passado, pessoa ou situação, exerceu uma significativa influência para que nos tornássemos quem somos. Nem sempre causas boas geram consequências positivas, o contrário também é verdadeiro. Alguém que tenha cuidado bem de nós na infância pode ter gerado uma vontade inconsciente de continuar a ser bem cuidado, o que resultaria em carência e dependência, por exemplo.
Uma pessoa que foi extremamente elogiada por sua inteligência na infância pode se tornar um adulto acomodado, pois desenvolveu um compreensível medo de falhar, visto que cresceu ouvindo elogios quanto à sua capacidade intelectual. Um indivíduo mal tratado quando criança pode se tornar um adulto com uma noção extrema de justiça e uma intensa vontade de não deixar que o mesmo ocorra com seus filhos.
Os exemplos são infinitos. As questões são: o que fez com que você seja quem é? Você quer continuar a ser assim? O que gostaria de mudar? Como mudar?
São questões complexas. Não existem respostas fáceis. Devemos, primeiramente, identificar o problema, isolar uma característica pessoal específica; tentar encontrar a fonte (por que somos assim?) e entender o que nos moldou.
A palavra mágica é ENTENDER. É incrível o poder que o entendimento nos dá. Quando você entender as causas que lhe levaram a ser quem é, enxergará a verdade e, como diria "O Livro", "a verdade vos libertará".