A vida que merecemos

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Não vai dar certo.


“Isso não vai dar certo! Não tem como isso funcionar! Do jeito que está eu não aguento!”.
Todos somos especialistas em identificar problemas e completamente leigos em propor soluções. É muito fácil identificar aquilo que está errado, o difícil é apontar o problema e aparecer com a solução.
Possuímos um prazer irracional em problematizar e uma aversão – igualmente irracional – em solucionar. Faça um teste: ao perceber que o pensamento de que “algo está errado” toma forma em sua mente, pare e pense “como isso pode ser solucionado?”. Em muitos casos você perceberá que a solução é próxima àquela que tinha sido sugerida e que você estava pronto para criticar.
Somos viciados em criticar por criticar. Que tal tentarmos nos viciar em resolver os problemas? É impressionante como a vida muda ao começarmos. Ao identificar um problema no trabalho, experimente pensar um pouco sobre ele antes de aponta-lo. Assim que uma solução for elaborada, apresente o problema seguido de sua possível solução. Você será visto como alguém “proativo”. Um solucionador, alguém que age, que resolve, com quem se pode contar.
Comece, em pouco tempo perceberá que essa atitude se instalará em você e contaminará todos os aspectos de sua vida. Por que se contentar com menos do que você pode ser?  

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Começar


Existem dois tipos de problemas: aqueles que podem ser solucionados e os que não podem. É impressionante o quanto gostamos de complicar as coisas. Ao primeiro sinal de problema, obrigação ou tarefa logo pensamos em razões para não fazer aquilo. Sendo que deveríamos fazer justamente o contrário! Procurar pelo menos uma razão para fazer!
Caso o que nos aflija seja algo solucionável, reclamar, ou procurar razões para não fazer, será apenas uma forma de nos torturar e prolongar o sofrimento. Engula a reclamação e simplesmente comece a fazer! Após começar, perceberá que as coisas começarão a fluir. Para que deixar para o último momento e correr com tudo? Assim que o problema surgir comece a pensar na solução e não em como a vida é injusta por te colocar nesta situação.
Você poderia perguntar: e se o problema não tiver solução? Bem, nesse caso a resposta é ainda mais simples. Preocupar-se resolverá a questão? Obviamente que não. Portanto, para que desperdiçar energia e tempo com isso?
Ouço muita gente reclamar, mas dificilmente vejo alguém fazer algo para mudar sua situação. Não é difícil. Comece! Apenas isso. Um pouco de cada vez. Não existem limites para o que podemos fazer caso nos disponhamos a começar!

domingo, 22 de setembro de 2013

Dicotomias Internas


“Dicotomia” está relacionada à divisão. Todo ser humano é dividido e isto se evidencia em conflitos internos. Tudo que somos é tocado por eles: nossos relacionamentos, frustrações e sonhos.
Particularmente, acho interessante o conflito existente entre o modo como nos vemos e o modo como vemos os outros. Numa discussão, por exemplo, quando gritam conosco, acreditamos que a causa do grito é a incapacidade do outro em controlar seu temperamento. Mas, quando somos nós que gritamos não pensamos que o problema é nosso temperamento, e sim a provocação do outro. Racionalizamos para nos convencer que nossa reação foi adequada a algo que a outra pessoa fez.
Todos acreditamos que nossos problemas são causados pela situação que vivemos, mas quando pensamos nos problemas dos outros concluímos que são causados pela personalidade dos mesmos.
Somos reativos e isso gera um conflito de proporções épicas em nosso interior. Não ouvimos o outro, ou melhor, ouvimos aquilo que gostaríamos de ouvir. Caso não gostemos do que foi dito, interpretamos como algo agressivo e reagimos.
Também sou reativo, extremamente!  Por esta razão quis escrever sobre a estratégia que adotei para tentar lidar com isso. A reação é emocional e inconsciente. Diversas vezes reagimos de uma forma desmedida e nos damos conta do quanto exageramos depois do ocorrido.
Que tal trazer a reação para o consciente? Quando nos tornamos conscientes de nossos conflitos internos, a explosão do primeiro momento, da espontaneidade, arrefece e por um breve momento podemos analisar o que estamos fazendo.
Para trazer à tona aquilo que gera um conflito interno basta se perguntar: Por que estou reagindo assim? Por que estou fazendo isso? Por que isso me irritou?
Como num passe de mágica conseguimos deter a primeira reação, ou pelo menos não a deixamos crescer, e passamos a analisar a situação com mais clareza.
É impressionante como boa parte de nossos conflitos internos derivam da resistência à mudança. Quando temos que fazer algo e protelamos; repare nas desculpas que damos a nós mesmos. Esta é a hora de parar e perguntar: Por que estou fazendo isso? Caso sejamos honestos, perceberemos que não há um único bom motivo para adiarmos o que quer que seja.
Relacionamentos amorosos são ricos em conflitos internos. Quando a outra pessoa faz algo que lhe irrita, uma pequena coisa, e você reage com agressividade. Repare que, por vezes, você sequer sabe a razão da irritação. O momento da raiva é a hora da pergunta mágica “Por que?”. Discipline-se para sempre fazer essa singela pergunta a si mesmo. Com o tempo irá perceber que boa parte dos problemas são banais e, o que é ainda melhor, a outra parte pode ser resolvida, pois você, finalmente, identificou a fonte do conflito.     

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Mediocridade


“Medíocre: 1 de qualidade média, comum; mediano, modesto, pequeno. 2 sem expressão ou originalidade; mediano, pobre, banal, passável. 3 diz-se de pessoa pouco capaz, sem qualquer talento, que, de modo geral, fica aquém das outras ou que, num dado campo de atividades, não consegue ultrapassar ou mesmo atingir a média...”.
Observando a definição acima, tirada do dicionário Houaiss da língua portuguesa, não consigo deixar de me perguntar como podemos nos contentar com a “média”? Seja no que for, nos contentamos com a mediocridade. Fazemos o que temos que fazer de uma forma tal que nunca pensamos em dar o máximo.
Estudamos o suficiente para obter a média. Trabalhamos dentro da média esperada. Nossos projetos são grandiosos mas a execução é mediana. Por que? O que nos faz querer ser menos do que aquilo que podemos ser?
Dar o máximo de si pode ser surpreendente. Há um “efeito cascata” que contamina todos os aspectos de nossa vida. Querer ser o melhor não é pecado. Pecado é não querer ser o melhor e depois reclamar que outras pessoas conseguem um sucesso que você não conseguiu por pura inércia.
As pessoas esquecem que a inércia abarca não só a ausência de movimento. Se nos entregamos a um estado de “não-fazer”, continuaremos nele pois será nossa zona de conforto, será cômodo e fácil permanecer assim. Mas se iniciarmos o movimento, tomarmos a decisão de agir, de fazer aquilo que sonhamos, aquilo que desejamos, e insistirmos nisso até que se transforme em um hábito, teremos nossa vida tomada pela inércia, continuaremos em movimento até que uma força aja e nos pare. Por isso o movimento deve ser alimentado constantemente através da vontade.
Faça o teste. Escolha uma única coisa para se dedicar, algo simples. Faça com que toda sua vontade seja aplicada nisso e continue. Insista até que a continuidade da ação não exija mais esforço. Com o tempo, expanda essa atitude para todos os aspectos de sua vida e você será tudo aquilo que você pode ser.
Não se contente em ser medíocre, seja mais, seja tudo. O sucesso é alcançado através de pequenas vitórias. Uma única grande vitória pode ser apagada por uma infinidade de pequenas derrotas. Inverta essa lógica, tenha pequenas vitórias de forma constante. Faça com que isso integre a sua vida de uma forma que sua existência seja um sucesso.
Só depende de você. Vai continuar reclamando de como está a sua vida ou fará algo para mudar? 

domingo, 15 de setembro de 2013

Insanidade/Estupidez


“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Esta frase, atribuída à Albert Einstein, sempre me inspirou. Na verdade a remodelei um pouco; no lugar de “insanidade” prefiro ler “estupidez”.
Somos fruto do hábito. Insista em um comportamento destrutivo e sua vida refletirá isso. A boa notícia é que bons hábitos também podem ser instalados em nosso “disco rígido”.
Adoramos deixar as coisas para a última hora. Adiar é um vício. Somos viciados na “adrenalina do prazo final”, corremos para resolver e sempre resolvemos, mas de uma forma aquém do que poderíamos caso tivéssemos um mínimo de organização e planejamento. E por que não o fazemos? Voltamos para a frase do início.
Como damos conta de fazer o que temos para fazer, mesmo que de uma forma abaixo de nosso potencial, nos convencemos que o problema não é tão grave e que “na próxima vez faremos melhor”. Mas o que ocorre quando um novo afazer surge? Protelamos e repetimos os mesmos erros de sempre. Sofremos, corremos e nos estressamos. Sabemos de tudo isso mas continuamos a fazer tudo igual. O nome disto? Estupidez.
Você já acordou com aquela vontade de fazer diferente? Em uma noite de domingo pensou “amanhã vou me organizar”, “começarei a dieta” ou “serei mais produtivo? E quando o sol nasce naquela gloriosa segunda feira a rotina, o trabalho, o estudo, a vida, ou o que quer que seja, lhe faz adiar o projeto “serei diferente”? Parabéns! Você entrou na definição de “insanidade/estupidez”.
Hábitos são construídos com o tempo. Passamos a vida adiando, procrastinando, e isso acabou por se instalar dentro de nós. Para mudar um hábito é necessário uma certa dose de disciplina e um pouco de paciência. Mas não é uma coisa de outro mundo. Comece com pequenos objetivos. Proponha-se a arrumar sua cama, por exemplo, ao acordar. Perceba que em pouco tempo isso se tornará um hábito e, o melhor, ao começar o dia com um pequeno hábito de organização a tendência é que isso se espalhe em outras áreas de sua vida.
Seu quarto está uma bagunça? Repare que sempre que você se dispõe a fazer algo, impõe-se uma meta ambiciosa, (“arrumarei todo o quarto hoje”, por exemplo). Experimente algo diferente, uma meta mais modesta. Ao invés do quarto todo em um dia inteiro, que tal reservar quinze minutos por dia? Sério, tente por uma semana. Durante quinze minutos arrume uma parte do quarto. Passado esse tempo, pare e continue no outro dia. Ao final de uma semana você irá se surpreender com o resultado.
Isso vale para qualquer coisa que você precisa fazer. Exercícios, estudo, trabalhos... claro que nestes últimos a ideia é que com o tempo você aumente, aos poucos, a duração, para que o hábito se desenvolva.
Lembre-se, o único culpado do seu fracasso é você! E aí? Vai continuar fazendo a mesma coisa de sempre com a esperança de obter um resultado diferente? Ou deixará a insanidade/estupidez de lado e se transformará naquele indivíduo que sempre quis ser?