Um problema complexo, em muitos casos, nada mais é do que um punhado de problemas mais simples. Qual seria a receita para solucionar nossas grandes dificuldades?
Dividir o problemas em suas partes constituintes.
A análise cartesiana diz exatamente isso, que devemos dividir as dificuldades encontradas em tantas partes quantas forem necessárias para que possamos solucioná-las.
Parece o cúmulo da obviedade. Mas pense bem. É o que fazemos? Quantas vezes insistimos em encarar certo problema e nos exasperamos devido à imensa dificuldade?
Peguemos algo banal. Arrumar um cômodo tomado por meses de desorganização. Normalmente separamos um dia para dar conta da tarefa. Começamos dispostos e acabamos exaustos. Algumas vezes conseguimos dar conta de tudo, outras deixamos as coisas "melhor do que estavam". Mesmo que consigamos arrumar tudo, o preço que pagamos - um dia inteiro investido, cansaço, estresse - é alto demais! Que tal aplicar a análise cartesiana neste problema? Imagine "zonas" para o cômodo e dedique um dia para cada zona. Repare que quanto mais zonas existirem, menos trabalho você terá, embora a arrumação demore mais.
Em certa medida podemos aplicar a análise em nossos relacionamentos. Raramente uma grande discussão surge sem dar aviso prévio. A grande maioria é fruto do acúmulo de pequenas desavenças e implicâncias. Deixamos acumular pequenos atos que irritam. Não falamos nada porque achamos ser exagero, ou algo sem importância. Em algum momento a quantidade de "eventos insignificantes" crescerá e o que era simples passa a ser algo complexo. Basta reparar nas discussões em que ao final não se sabe o que originou a briga, mas várias pequenas coisas foram lembradas e ditas um ao outro. Por isso as pequenas coisas devem ser conversadas. Sem exageros, problemas simples devem ser tratados com simplicidade. Sem complicações.
A vida é simples - de verdade - nós é que a complicamos. Portanto, DESCOMPLIQUE-SE!